A existência de um cadastro ativo em nome do vereador foi confirmada,
nesta quinta-feira (20), pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS). Segundo o governo federal, o cartão foi enviado
para Santos em março deste ano, mas ele não efetuou saques.
O peemedebista foi eleito em outubro 2012 para o cargo na Câmara de
Vereadores e declarou à Justiça Eleitoral um total de R$ 38 mil em bens,
de um veículo modelo Siena e duas motos Honda. O Bolsa Família tem como
foco atender famílias com renda per capita de até R$ 140 mensais. A
inclusão do político no programa do governo federal foi aprovado após
atualização cadastral feita em agosto do mesmo ano.
Cartão chegou à residência da mãe do vereador
Santos disse que um cartão do programa em seu nome foi enviado para o antigo endereço da mãe e se disse "surpreso" com a correspondência. Segundo o vereador, como a família não vivia mais no local, ele só tomou conhecimento da chegada do documento no dia 5 de junho deste ano. De acordo com o peemedebista, a mãe mudou-se há dois meses da residência.
“O cartão não foi desbloqueado e, logicamente, eu jamais iria
desbloquear para fazer uso de um recurso que eu não preciso. Se fosse há
anos atrás, quando eu morava na maior invasão da América Latina, o
Parque Oziel, que é uma favela, eu receberia de braços abertos. Mas hoje
eu não preciso, graças a Deus eu sou vereador”, justificou o
parlamentar.
Santos pede investigação
O vereador disse que, assim que teve conhecimento do recebimento do cartão do Bolsa Família, foi à tribuna da Câmara dos Vereadores e relatou o ocorrido. Ele afirmou que levará o caso para investigação do Ministério Público.
De acordo com informações do site do MDS, a seleção das famílias para
Bolsa Família é feita com base nos dados registrados pelo município no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. A assessoria
da Prefeitura não se manifestou até a publicação desta matéria.
A reportagem também entrou em contato com a Caixa, mas a assessoria do
banco disse que o caso seria apurado pelo MDS. Por meio de nota, o
ministério informou que, após ter recebido a denúncia do G1 "já ordenou o
cancelamento do benefício". O governo federal garantiu, ainda, que vai
solicitar que o município atualize e corrija as informações no cadastro
do vereador ainda nesta quinta-feira.
http://g1.globo.com
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